Negentropy: The Last Man in the Wasteland

"Uma E-Opera eletrónica em 5 árias que explora o lugar e circunstância da existência num último suspiro, o fim de um homem num deserto austero eletrónico como nuvem pós-apocalíptica, onde a existência colapsa em loucura e asfixia" (Paquete, 2022)

NEGENTROPY é uma E-ópera eletrónica pós-digital com uma estética de ficção científica cyberpunk pós-apocalíptica. É um espetáculo que se assume como sendo uma ópera de música eletrónica, percussão e interação em 4 atos com base no libreto, direção artística e autoria de Hugo Paquete, homenageando as últimas obras escritas pelo compositor Jani Christou. Esta E-ópera reformula, expande e inspira-se nas composições Anaparastasis I: The Baritone (1968) e Anaparastasis III: The Pianist (1968) como núcleo expressivo, trabalhando um conjunto de outras novas composições, e improvisações expandindo as suas qualidades. É utilizanda uma cúpula do planetário do Porto como cenário, sitio específico, com conteúdos vídeo 3d gerados por Julius Horsthuis, som espacializado para oito canais de áudio entre o público, sistemas interativos para voz, instrumentos e cenografia de luz com cortinas de holograma na versão palco. O barítono Rui Baeta, “the last man”, interpreta Anaparastasis I: The Baritone. Desdobra-se no personagem com elementos interativos em palco, acompanhado de intervenções performativas de Hugo Paquete munido de eletrónica e percussão pós-techno em tempo real. Contamos ainda com a participação de artistas convidados, tais como; o violinista Pedro Carvalho, Ianina Khmelik e o artista sonoro e organista Cláudio de Pina, também eles com incursões na música experimental eletrónica. Participando alternadamente em diferentes apresentações do espetáculo ao vivo.  Os atores Bruno Sousa, Amanda Duda, Alex Alvão, Delrik Borba, Flora Gouveia, Rita Rocha, Rodrigo Guimarães e Rúben Moreira apresenta-se como ecos humanos na paisagem, memórias de uma humanidade desvanecida num limbo entre o passado e futuro.

Direção Artística, Concepção, Direção Musical, Composição, Performance e Dramaturgia: Hugo Paquete

Reinterpretação Musical: Jani Christou: Anaparastasis I: The Baritone (1968) e Anaparastasis III: The Pianist (1968) 

Atuação, Canto e Performance: Rui Baeta

Atuação e Performance Violinsta:  Pedro Carvalho 

Atuação e Performance Violinsta: Ianina Khmelik 

Atuação e Performance  Organista: Cláudio de Pina

Atuação e Performance: Bruno Sousa, Amanda Duda, Alex Alvão, Delrik Borba, Flora Gouveia, Rita Rocha, Rodrigo Guimarães, R. Gritto e Letícia Arlandis.

Figurinos, Adereços, Cenário e Iluminação: Absonus Lab Team

Conteúdos 3d e Animações: Julius Horsthuis

Design de Hardware: Christopher Zlaket

Design de Software: David Stingley

Maquilhagem e Cabelo: Kateryna Kornilova

Operação de Som e Luz: Absonus Lab Team

Conteúdos Digitais e Captação: Luna Castro, Hugo Vale, Raquel Barrocas Leite

Assistente de Produção: Erica Frota

Gestão Financeira: Susana Nobre

Produção: Absonus Lab

Os personagens encontram-se imersos num cenário móvel e interativo, explorando uma fusão de iluminação, sensores de CO2, holografia e interações em tempo real no palco. Utilizando sistemas interativos de áudio que reagem aos níveis de CO2 na sala, cada apresentação é uma experiência dinâmica e única.

O último homem pensa como um delírio dos últimos dias, revelação no seu último fôlego, formas extravagantes de sobrevivência numa terra radical e árida de resíduos colapsados, outrora símbolos da monumentalidade tecnológica, poder e progresso. Apagados na erosão do tempo contemporâneo deste último homem, como poeira cósmica onde persiste o seu desejo de sobrevivência. 

Procura-se partir do ritual catártico da voz e cena, onde o mito, o transcendente, o primordial e o ritual moldam o pânico e a histeria como conceitos operativos diante do apocalítico. Abordam-se conceitos como ecologia radical, astronomia, ciência, misticismo e morte, tradições imaginárias e misteriosas para se desvendar os limites do eu perante o abismo. Uma ópera sítio-específica que expande os cruzamentos disciplinares.  

 A dramaturgia desta E-ópera é meticulosamente criada, remisturando frases com o auxílio de inteligência artificial e intervenção da decisão humana. Esta abordagem experimental permite uma reinterpretação das referências literárias, incorporando-as de forma dinâmica na narrativa para explorar novos significados num sistema de combinação, onde se reformulam origens. Inspirada por ideias pós-estruturalistas, a metodologia de narrativa mesh-up promove uma fusão criativa de diferentes influências culturais, resultando numa remistura única que desafia convenções de autoria. Propondo um sistema onde a inteligência humana e os sistemas artificiais algorítmicos entram num diálogo, estimulando a reflexão e criação num sistema entre o natural e o artificial. 

A dramaturgia é construída com base na desconstrução e remistura dos seguintes textos: 

Demers, Joanna. Drone and Apocalypse: An Exhibit Catalog for the End of the World, 2014.

Dery, Mark. Out of Control, 1995.

Eliot, T.S. The Hollow Man, 1925.

Fisher, Mark. The Weird and the Eerie, 2017.

Fox, Dominic. Cold World: The Aesthetics of Dejection and the Politics of Militant Dysphoria, 2009.

Goodman, Steve. Sonic Warfare: Sound, Affect, and the Ecology of Fear (Technologies of Lived Abstraction), 2009.

Grossman, Elizabeth. High Tech Trash: Digital Devices, Hidden Toxics, and Human Health, 2006.

Negarestani, Reza. Cyclonopedia, 2008.

Parikka, Jussi. The Geology of Media, 2015.

Shelley, Mary. The Last Man, 1826.

A escolha de combinar texto científico, poesia e romance visa criar um diálogo que amplie a imaginação humana, explorando um campo mais vasto de significados, abordando a narrativa complexa da humanidade como uma construção cultural composta por diversas vozes. Essa abordagem integra ciência, arte e expressão num complexo jogo de articulações culturais, enriquecendo a experiência e permitindo uma compreensão mais profunda e holística. 

Ópera, Pós-apocalíptico, Distopia, Sobrevivência, Pós-Digital, Catarse   

Absonus Lab 

Prepare to be captivated by the enigmatic and ethereal soundscape of "Dark Energy Synthesis," an album that pushes the boundaries of acousmatic music, experimental compositions, and the realms of dub, drone, powernoise  and electronics. In this review, we delve into the mesmerizing sonic realm of "Dark Energy Synthesis," where the cosmic meets the earthly, and the abstract intertwines with the familiar. Embark on a transcendental voyage as the album unfolds, enveloping your senses in a tapestry of otherworldly tones, pulsating noise rhythms, and intricate layers of sound in a post-minimal, post-techno, and post-digital aesthetic. 

"Dark Energy Synthesis" harnesses the power of sonic alchemy, fusing elements of dub, noise and electronic to create an immersive experience like no other. The album takes listeners on a sonic acousmatic rollercoaster ride, where dub-infused basslines meld with intricate glitch beats and atmospheric micro and macro noise soundscapes. The result is an intoxicating blend of head-nodding rhythms and mind-expanding textures that will leave you craving more. 

"Dark Energy Synthesis" is an album that challenges, captivates, and awakens the senses. It transcends conventional musical boundaries, offering a unique blend of dub, noise and electronica within the realm of acousmatic music. Embark on this auditory journey, embrace the enigmatic allure, and immerse yourself in a sonic universe where creativity knows no bounds. Surrender to the power of "Dark Energy Synthesis" and experience a transformative musical exploration. 

Composer by Da Mata Paquete aka Hugo Paquete in the Absonus Lab a space for sonic experimentation that provides the conditions to foster music creativity and further development in multidisciplinary advances in art, science and technology.
Released July 24, 2023.

Pulsar is a multichannel composition for  20.4 audio channels that investigates extraterrestrial  sound and rhythmic noise radiation as a landscape of vast dynamic audio  shapes found across the universe.  Short bursts of granular dust and sequential emission are used to transition from chaos to regular music periodicity.  Presented at Ars Eletronica Festival, Linz, Austria. 2022.

This composition proposes a micro and macro sonic study of the concept  of pulsars, which can only be seen in regions of the electromagnetic  spectrum that are as obscure as powerful unknowns. This piece is a  follow-up to the composition developed for Chris Ziegler’s multimedia  dance performance Cosmos (2018), which was commissioned, partly  developed, and performed at the ZKM Center for Art and Media Karlsruhe.  It integrates elements that generate sound and music by utilizing commercial and military satellites, which is established through a  process of acquiring and converting real-time sonification of satellite  movement data and merging it with midi-data language. It is used to  operate musical instruments, both hardware and software. Its  significance highlights the satellites’ autonomy as objectionable  performers, reactants that make sonic material in an ecosystem of random  movements and preset computational music laws. Where science and  imagination collide in the realms of auditory perception. Hugo Paquete receives a grant from the European I-Portunus Project grant in (2019) to develop a real time satellite tracking system applied for music composition, as a resident artist at ZKM /Zentrum für Kunst und Medientechnologie, Karlsruhe in the Hertz-Lab. The project was developed in collaboration with Christopher Zlaket, specializes in interface design, and David Stingley, specializes in computer science.

Hugo Paquete (PT)
Duração: 12:48

Ano: 2022

 In accordance with the festival theme There Is No Planet B, the Ars  Electronica digital music focus at Anton Bruckner Private University  will lend its ears to immersive sonic creation as an artistic field of  research sonically reflecting our world. Convinced, or at least hopeful,  that multichannel speaker environments are capable of more than simply  providing virtual substitute surroundings to distract us from everyday  life, we want to explore the roles multichannel audio can play in  reflecting and furthering our understanding of our social, physical, and  biological environment. We aim to bring together artists and researchers working in the field of  multichannel audio to exchange ideas on how immersive audio can help  people to understand, to hear more and to activate dissent rather than  simply enabling ever more intricate aural pleasures, to be sold or  rented out as “experiences.” 

Absonus Lab

Sonification: Unlocking the Genetic Soundscapes

The process of sonification enabled the conversion of the SARS-CoV-2 RNA into musical elements. Through the translation of genetic information into MIDI values and notes, the album brings to life the intricate patterns and characteristics of the virus on a musical canvas. The resulting compositions offer a unique auditory representation of the virus's genetic material, unveiling a new realm of artistic expression.

Polyrhythmic Percussion and Dynamic Attacks

Employing polyrhythmic percussion rhythms derived from the repetition of RNA sequences, the album embraces the inherent complexities of the genetic material. The meticulously crafted rhythms feature dynamic attacks that infuse the music with a sense of energy and intensity. This fusion of rhythmic elements creates a captivating sonic landscape, evoking both minimalistic and maximalistic soundscapes.

Post-Digital Exploration: A Fusion of Aesthetics

The composer takes a post-digital approach, blending avant-garde, post-industrial, and post-techno aesthetic components. This experimental fusion forms the foundation of the acousmatic music research, allowing for the exploration of new sonic territories. By pushing the boundaries of art, music, technology, and aesthetics, the album reflects the interplay between human creativity and the natural world.

Science and Imagination: Unleashing the Potential

This composition serves as a testament to the potential of science as a wellspring of inspiration for artistic endeavors. By employing the biological potentiality within music composition, the album unlocks new realms of sonic possibilities. It invites listeners to embark on a captivating sonic journey, guided by the ever-expanding frontiers of scientific knowledge.

A Captivating Performance and Installation

This work was showcased as part of a performance, lighting, and sound installation during the Festival Novas Invasões in Torres Vedras, Portugal, in 2021. The immersive experience transported the audience into the textured audio universe created by the sonification of the SARS-CoV-2 genomic material. The production was made possible by the collaboration of EMERGE A.C., with the support of Torres Vedras Municipality, Festival Novas Invasões, and Direção Geral das Artes.

Credits and Acknowledgments

The album "Da Mata Paquete aka Hugo Paquete" was released on July 20, 2022. Special thanks are extended to Absonus Lab, a space dedicated to sonic experimentation and the advancement of multidisciplinary art, science, and technology. Their support and dedication provided the ideal environment for nurturing musical creativity and innovation.              

This album is the culmination of groundbreaking studies that utilized sonification techniques to transform the genetic genomic material of the SARS-CoV-2 virus into MIDI values, notes, and control commands for software and hardware. By combining specially crafted virtual instruments with electronically generated audio content, a fascinating and innovative sonic experience was created. The captivating journey of exploring the boundaries of sound and perception. 

 IGAC/  Registo de obra n.º 2810/2021. Copyright protected