Centro de investigação independente dedicado ao estudo, produção e teorização dos fenómenos sonoro-musicais pós-digitais e suas relações com outras áreas das artes de conhecimento e cruzamento tecnológico, tais como a média-arte digital, artes sonoras, tecnologia, arte e comunicação como processo híbrido transdisciplinar de obtenção de conhecimento nas artes, cultura e sociedade. Analisar-se-á o impacto da tecnologia como tecno-etnomusicologia - estudo onde se reflete os impactos da tecnologia como etnografia-tecnológica nos artefactos sonoro-musicais, tecnológicos, objetos artísticos, discursos e na cultura - alavancando modelos inovadores de estudos e produções sonoros, extrapolados nas mais recentes interpelações das ciências sociais humanas, com abordagens pós-minimalistas, pós-industriais e pós-techno contempladas numa perspetiva tecnocultural. Alberga-se, assim, a multiplicidade das manifestações sonoro-musicais e seus agentes, compositores, performers, intérpretes, investigadores e interessados na contemporaneidade.
Desenvolver teoricamente os estudos sonoros pós-digitais como suporte essencial da expressão e conhecimento humanos, influenciados pelo impacto dos progressos tecnológicos pós-industriais na sociedade, onde cultura, produção, capital e excedente operam como vetores de criação e contratualização dos eventos sonoro-musicais;
Compreender, consciencializar e aprofundar as dimensões metapolíticas da tecnologia na produção sonoro-musical pós-digital e sua relação com os elementos geológicos do planeta, indústria e capital, abordados como ecologia radical de imanência, na música eletrónica e na arte e tecnologia. Geologia, tecnologia, inovação, obsolescência, e-trash e dispositivos sonoros são vetores de produção, conhecimento, reciclagem e possibilidades estéticas, na construção teórica, prática e análise dos eventos sonoro-musicais, na ecologia, contextos e significados;
Demonstrar que o Pós-digital é um movimento estético metapolítico dependente do complexo industrial e tecnológico do capital e, ao mesmo tempo, um modo de resistência sonoro-musical sub-cultural, relacionado com o impacto da tecnologia na sociedade como poder, classificando-o além das estéticas da disfuncionalidade. Desenvolvimento de um arquivo e produção de conteúdos sonoro-musicais, científicos e tecnológicos, disponíveis na comunidade e nas redes, de modo aberto, refletindo os interesses dos membros;
Criar um espaço favorável para o trabalho de investigação, divulgação, colaboração e discussão organizada nacional e internacional, com vista às necessidades e prioridades científicas identificadas;
Impulsionar investigação e debate, interno e externo, capaz de gerar avanços, estimulando a criatividade em artistas emergentes implicados com o evento sonoro-musical pós-digital. Extrapolar contemporâneos regimes de visibilidade hiper-ótica e hiper-sónica que nos remetem para os limites da representação, tais como: o som na dimensão mais ínfima da matéria, o som no plano dos atuantes biológicos e o som no universo.
Composição Musical; Performance Musical; Artes Sonoras e espacialização. Música Eletrónica computacional; Interatividade, Controllism e Gesto. Tecnologias Sonoras; Indústria, Capital, Inovação, Obsolescência, Hiper-instrumentos e Tecno-Etnomusicológico. Música visual; Hibridez, Meta-média, Média-Arte Digital e Sinestesia. Teoria Crítica da Música; Sociedade, Cultura, Expressões e Discursos. Filosofia Contemporânea e Estética: Meta-política, Resistência e Ecologia. Perceção, Cognição Musical e Sonora; Visualcentrismo, Hiper-ótica, Hiper-sónica, Representação Sonoro-Musical. Preservação, Documentação e Arquivo do legado Sonoro-Musical.
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